Quem sou eu?

Hoje minha vaidade cresceu de posto, não me preocupo tanto com os anos que se passaram, nem com o peso extra ganho (na verdade vários quilos) , pois não preciso disputar um peito mais lindo nem uma forma exuberante,”porque EU sou exuberante.” Hoje encho mais o coração do próximo do que seus olhos. Que vida maravilhosamente rica eu tive e tenho. Cheia de lutas, limitações vencidas, metamorfose constante. Ontem eu me achava borboleta, que bobagem... Era uma simples lagarta. Hoje sim sou uma borboleta em pleno voo, sabe , aquelas enormes coloridas, incapazes de passar desapercebidas. Perguntei-me por muito tempo porque uma descoberta tão tardia de si própria. Hoje sei a resposta... Amo ao DEUS que mora dentro do meu próximo e faço tudo que está ao meu alcance para que glorifique a SUA Unidade , prestando o mandamento maior que é imposto na sua lei “AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS”...Então, hoje estou amando cada vez que dou tudo de mim pelo próximo engrandeço a obra maior do meu DEUS...

Vaidade? Tenho. (de ser tão pequena aos olhos dos homens e tão importante aos olhos de DEUS)

Coragem? Muita.(não temo me desnudar a alma de forma humana, e mostrar que nunca se é tão pouco que não se possa dar, nem tanto que não precise receber)

Sabedoria? Um pouquinho em doses homeopáticas (porque todos os dias aprendo novas facetas da vida)

Sensualidade? Conservo (quando alargo o sorriso, mediante o perigo, quando mostro que entre dois seios bate um coração cheio de amor fraterno e comprometidamente descompromissado)

Guerreira? ATÉ MORRER. (porque em cada luta ganha a glória a experiência obtida, em cada derrota a certeza de que devo dar a recuada estratégica e investir com carga máxima rumo ao alto e em frente...

Esta é Marilda Amaral, uma gaúcha de 59 anos, mãe de dois filhos, casada com a responsabilidade e a grandeza de viver.

http://cantoverso.blogspot.com/2011/11/um-poeta-surfando.html


sábado, 18 de junho de 2011

A TERRA DE UM FILHO GUERREIRO

A terra de meu filho guerreiro.

               (Marilda Amaral)

Minha alma itinerante busca
Na minha terra encontrar,
Um lugar que lá esteja
Começando pelo mar.
Como noiva virginal,
Encanta seu esplendor
Mostra teu mar tão profundo
Meu Rio Grande encantador.
Santa Vitória é vida
Do Taim igual fulgor,
Do Chuí vem a magia
E segredos de amor.
Desvirginando o litoral,
Como noivo opressor
Temendo perder tal beleza,
Vejo Torres como princesa
E Cassino como senhor.
Minha alma itinerante
Continua a buscar
Um lugar que lá esteja
E não seja mais o mar.
A serra não se despe
E como seios e belas ancas,
Cobre-se de intenso verde
Ao saber que delas tantas,
Tantas foram às árvores
Arrancadas pela raiz,
Mas  deram lugar as vinhas
Grandeza do meu país.
Pergunto a Baco se tinha,
Em sua terra tal sabor,
Sabor como tem na minha,
Tal qual abelha rainha
Faz doce o vinho da vinha
Para em seu buquê ter tanto amor.
Sinto um cheiro de resina
No vento quente é o calor
Da Araucária que ensina
Ao homem seu valor.
E o pampa é tão extenso
Que parece recorrer
Ao céu que lhe engula
Para dar tempo de fazer,
Fazer que o céu azul
Todo feito em Tafetá,
Brilhe nele tanta estrela
Como brilha o sol no mar.
Minha alma itinerante
Não se cansa de buscar
Lindas coisas das campinas
E na cidade chegar.
Meu Deus, quanto arranha-céu!
Com tanto céu para eu olhar
Vejo ao longe negros pontos
E me quedo a perguntar:
O que são aqueles pontos,
Que acabo de enxergar?
São apenas andorinhas
Que estão a imigrar.
São lindas criaturinhas
Eu quero muito acreditar,
Que os homens as respeitem
E as deixem descansar.
Meu Rio Grande do Sul querido,
Podia ainda de ti muito falar,
São inúmeras tuas belezas
E com imensa franqueza,
Vou a ti revelar,
Teu povo é forte e valente
E isso te deixa contente
Pois inimigos, não te puseram correntes,
Para te envergonhar.
Tua mulher é inteligente
Por isso, vou aqui terminar,
Para não correr o risco
De meu ouvinte cansar.






 

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